terça-feira, 29 de outubro de 2013

1ª Corrida Montepio

Hoje começo pelo fim.

Se é possível fazer uma prova com um baixo valor de inscrição, com animação, águas e brindes, muito bem organizada e, ainda por cima, com a vertente solidária bem vincada, porque não se fazem mais provas destas?
Não é ironia, é pergunta mesmo. É que eu não percebo nada de organizações de provas, mas se esta o fez é porque é possível.

Quanto à prova, não estava prevista. A minha ideia era ir a Almeirim fazer os 20 Km’s locais, mas a Carla está com a pica toda e quando me questionou sobre a possibilidade de fazermos antes esta eu aceitei.

Os Bip-Bip's presentes, eu, o Fernando, o Pirata, o Tiago,
o Bruno, a Carla e o Diogo (faltam na foto o Zé Dias e a Marta).
Ia sem objectivo concreto até porque não tenho treinado nada de muito específico desde a maratona. Como tal achei que fazer o melhor possível era o objectivo ideal, sendo que iria encostar nos 4:30 min/Km até dar e depois logo se via. E com uma festa de aniversário na véspera a alimentação e a (des)hidratação não tinham sido as mais apropriadas.

No meio da mancha negra.
Ao tiro o vasto grupo de amigos que tínhamos antes da partida foi-se dispersando.
O início foi algo confuso. Após as primeiras dezenas de metros, com o afunilar do espaço de corrida, era complicado manter o ritmo (aspecto a rever pela organização). O desgaste era algum com o constante “zig-zag” e variações de ritmo em espaços reduzidos.
Após o retorno em Algés as condições foram melhorando gradualmente e por volta dos 2 Km´s, por várias razões, já tinha perdido as companhias iniciais.

O ritmo mantinha-se vivo, sempre abaixo dos 4:30 min/Km. Sem grande história os Km’s foram passando. Os únicos motivos de distracção deram-se quando comecei a cruzar os primeiros, sempre à procura de caras conhecidas.

A controlar o tempo. Esta já não fugia.
Por volta dos 6,5 Km’s tínhamos o 2º retorno, já na Av. 24 de Julho, e pouco depois passava a placa dos 7 Km’s. Foi aqui que achei que era possível baixar dos 45 minutos, a não ser que se tivessem esquecido de retirar do percurso algum dos “muros” da maratona. Será que há “muros” em provas de 10 Km’s?

Mas não, não havia nenhum “muro”. Continuava-me a sentir com força mas não forcei, excepto nos últimos 500 metros onde já não havia nada a fazer, ia mesmo baixar dos 45 minutos.

Cortei a meta com 44m33s (tempo de chip), média de 4:27 min/Km, melhor marca na distância, e doido da vida, claro está.

Mais uma alegria enorme por mais um objectivo pessoal atingido e numa altura que, não só não o esperava, como nada tinha feito para o atingir. Saiu de uma forma natural.
Depois de esperar por alguns amigos que sabia que não tardariam ainda fui buscar a Carla para a acompanhar nos últimos metros.

Uma saudação especial a todos os amigos com quem me cruzei. Propositadamente não referi nomes para não falhar ninguém.

Mais fotos aqui.

Esta semana vão recomeçar os treinos mais específicos, mais carga e mais intensidade. Já chega de ronha pós-maratona.

Boas corridas!!!



quinta-feira, 17 de outubro de 2013

3ª Corrida da Água

Eu, a Marta, a Carla e o Bruno.
Esta era uma daquelas corridas que estavam na lista. Na edição passada faltei porque já me tinha comprometido a estar presente na Corrida do Aeroporto (no mesmo dia) mas este ano estava decidido a estar presente.
A dúvida surgiu quando soube que a Meia-Maratona Ribeirinha na Moita iria ser no mesmo dia, mas o facto de ser logo na semana depois da Maratona levou-me a optar por esta mais curta. Não me pareceu sensato fazer uma meia-maratona somente uma semana depois da Maratona mesmo sendo uma prova que adorei fazer no ano passado.
Aproveitei a recuperação para fazer a prova em ritmo de passeio e aproveitei para ir equipado de máquina fotográfica em punho.

Depois de alguma confusão no levantamento dos dorsais (tudo resolvido rapidamente) e após algumas fotos de grupo dirigimo-nos para a partida, na Estrada da Serafina (por cima do Parque do Calhau), para um breve aquecimento e confraternização entre amigos.
O Bruno seria a minha companhia durante quase toda a prova.

Além de mim e do Bruno os Bip-Bip’s presentes foram a Marta, o Tiago e a Carla, que faria a segunda prova de 10 Km’s num espaço 1 mês. Mas ela depois conta as (óptimas) novidades.

Com um ligeiro atraso foi dada a partida.

Começo calmo e a subir durante pouco mais de 1,5 Km’s, sempre pelo meio do Monsanto. Depois desce até Pina Manique e entra pela ciclovia da Radial de Benfica.
Sempre a descer chegamos aos 5 Km’s e ao primeiro e único abastecimento durante a prova.

Nesta fase, embalados pela descida, já levávamos um ritmo um pouco mais rápido, que duraria até pouco depois dos 6,5 Km’s no final da ciclovia.

Uma (curta) zona plana seguida de ligeira subida já na Rua de Campolide como que preparava o ataque à subida final, ainda na Rua de Campolide. Subida dura já perto dos 8 Km’s com cerca de 500 metros que fez muitas “vitimas”, uma delas o Bruno. Foi quase 1 Km sempre a subir.

Com o abrandamento do Bruno aproveitei para abrir um pouco a passada. Ainda a subir forcei um pouco para testar as pernas que responderam bem.
De salientar o apoio popular durante praticamente toda a subida o que ajudou a motivar.

A rolar a bom ritmo entro no Aqueduto das Águas Livres, o ponto alto deste percurso. É quase 1 Km de uma paisagem magnífica.

 

Depois de sair do aqueduto foram pouco mais de 500 metros a rolar até à meta para acabar com 54m16s.

Pouco depois chegou o Bruno e ainda voltámos atrás para ir buscar a Carla. E não esperámos muito... ;)

Não havendo nada de especial na mesma data esta é mais uma prova que tentarei estar sempre presente, pelo percurso, pela passagem no aqueduto e, pelo menos este ano, um pelotão bem composto com mais de 1000 atletas à chegada.

Quanto à organização, não tenho muito a apontar.
Pelo que já li sei que houve uma ou outra falha, mas comigo correu +/- bem.
O mais problemático que consegui detectar é a zona de chegada, a descer, estreita (em comum com os caminhantes) e com piso irregular. Se não tivermos cuidado podemos ter um acidente.
E se eu não faço muita questão de acabar as provas num sprint vigoroso, há muitos atletas que não prescindem disso, mesmo nestas condições. A diferença entre terminar ou cair é quase nula e isso esteve bem presente.

Podem ver mais fotos aqui.

Bons Amigos!

Boas corridas!!!



quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Rock'n'Roll Maratona de Lisboa EDP - Não foi a 1ª mas foi a Nº1

Vou tentar ser breve para não cansar...

Em função de toda a aprendizagem e dos vários factores já várias vezes enumerados apetece-me dizer que a minha primeira maratona foi a Nº0, aquela que serve de teste ou de modelo, e esta sim a Nº1, a minha 1ª Maratona no verdadeiro sentido da palavra.

Objectivo principal, acabar (claro) da melhor forma possível, mas desta feita a vertente sub-4h estava bem presente.
Este ano preocupei-me em fazer algumas meias-maratonas sem ser em modo de treino (um dos erros do passado) e o plano de treinos era bem mais agressivo, de tal forma que tive que reduzir alguns treinos e distâncias para o moldar à minha realidade física.

Quase à última hora juntou-se o Fernando. Se em provas mais curtas sempre foi uma excelente ajuda, neste caso havia a dúvida se estaria à altura do desafio visto que os treinos específicos dele foram... 0. Mas, pelo menos, iria ter companhia, a companhia que não tive no ano passado (outro dos erros).

O plano estava definido, 5:30 min/Km até dar e depois logo se via.

O dia estava excelente, excelente demais para correr. Apesar da manhã fresca na hora da partida o sol já “picava”.

O início foi lento em função do aglomerado inicial mas rapidamente engrenámos a mudança certa e o difícil foi manter o ritmo sem embalar.

O ambiente era fantástico e a paisagem divinal. Além da vista para o rio gostei bastante dos desvios ao Casino do Estoril e à Câmara de Oeiras, com a passagem pelo Jardim de Oeiras (?). O desvio para o passeio marítimo na zona de Caxias até à Cruz Quebrada também serviu para fugir à “monotonia” da Marginal, com alguns jovens com bandeiras de vários países, julgo que estivessem representadas as nacionalidades presentes na prova.
Os quilómetros passavam rápido e sem darmos por isso estávamos em Algés, a passar o pórtico da meia-maratona. Já só faltavam 21 Km.

Só que estes 21 Km não iriam ser nada fáceis. O percurso, salvo raras excepções, tornou-se monótono e, aliado ao cansaço, iria tornar-se complicado gerir mentalmente todas estas dificuldades.

Mas o que é facto é que continuávamos inabalados, o ritmo mantinha-se, o plano de alimentação estava a ser cumprido à risca (mais um erro no passado) e a hidratação era a ideal.
Nota positiva para os abastecimentos. Pelo menos até à nossa passagem a abundância reinava. Distribuídos pelos vários abastecimentos houve água, isotónico, laranjas, bananas, géis e muita boa disposição na entrega dos abastecimentos e na assistência aos atletas.

Já depois da passagem pelo Cais do Sodré o ambiente animava novamente. Apesar de algumas zonas de empedrado os cerca de 3 Km na zona da Baixa serviram para levantar a moral. E mais levantou quando aos 33 Km estávamos ainda abaixo das 3 horas de prova, ou seja, tínhamos 1 hora para fazer 9 Km. Estávamos bem, e apesar do Fernando já estar com mais queixas do que eu (naturalmente) ia conseguindo manter-se.

O ritmo manteve-se quase como um relógio suíço até ao abastecimento dos 35 Km, altura em que um atleta parou à minha frente para comer e eu tive quase que parar para chegar aos alimentos sólidos.
Já não consegui voltar ao ritmo que trazíamos, um ritmo naquela altura quase automático. Mas não me preocupou. Em função da margem que tínhamos os 6 min/Km naquele troço era mais que suficiente para atingirmos o nosso objectivo.

Por volta do Km 40 entrámos finalmente no Parque Expo e a abundância de apoio e caras conhecidas voltou a animar-nos. Pessoal que foi apoiar bem como alguns atletas que tinham feito a mini ou a meia-maratona e que ainda por ali andavam a incentivar os resistentes.
Passaram rápido esses 2 Km e ainda fizemos o último novamente nos 5:30 Min/Km.

Cortámos a meta com 3h55m19s, menos 29 minutos que a outra maratona (a tal Nº0), com a sensação de dever cumprido, de objectivo alcançado e com a emoção à flor da pele.

Terminámos razoavelmente bem e ainda deu para cumprimentar várias caras conhecidas que por ali andavam.

A organização esteve excelente e nada tenho a apontar.

E esta sim, foi a minha Maratona, sem surpresas, sem nunca ter andado a passo nem ter tido a tentação de caminhar, o que me deixa satisfeito com o plano de treinos que adoptei e que resultou em pleno.

E se o Fernando fez o que fez sem treinos específicos imaginem se treinasse...

O amasso não foi muito duro comigo e a recuperação está a ser rápida. Além de umas unhas amassadas que nem dei por elas na prova, nada mais me incomodou.

No final mas não menos importante não posso deixar de referir o apoio que tive da família em vários pontos do trajecto (também com um plano altamente elaborado de localizações e tempos de passagem) e que acabou por se estender ás caras conhecidas (e não só) que passavam mais ou menos na mesma altura que nós.


E a próxima? Não sei, não tenho pressa, mas será com certeza só em 2014. Sevilha, Porto, Lisboa... logo se verá.

 Mais fotos da prova aqui.

 Boas corridas!!!




domingo, 6 de outubro de 2013

Está feita e soube a "pato"!


Com o Fernando na Praça do Comercio.
Grande companheiro!

Já está feita a nº 2 mas que me soube a nº1. Os pormenores vão chegar um dia destes mas fiquem sabendo que não foi fácil mas soube a "pato"!